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Polícia diz que não houve omissão de socorro em caso de bebê morto após ter atendimento negado em posto de saúde no PR; entenda
Prefeito fala sobre morte de bebê após família ter atendimento negado em UBS do PR
A Polícia Civil afirma que não houve omissão de socorro no caso de Ayll...
09/09/2025 04:01
Polícia diz que não houve omissão de socorro em caso de bebê morto após ter atendimento negado em posto de saúde no PR; entenda (Foto: Reprodução)
Prefeito fala sobre morte de bebê após família ter atendimento negado em UBS do PR
A Polícia Civil afirma que não houve omissão de socorro no caso de Aylla Eloá, bebê de um ano e dois meses de idade que morreu em 4 de julho após ter atendimento negado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná.
Na época, o prefeito do município, Juca Sloboda (PL), admitiu que houve falhas no atendimento e disse que iria revisar os procedimentos da Secretaria Municipal de Saúde. Veja no vídeo acima.
Os pais contam que a menina teve febre durante a madrugada, melhorou, e voltou a apresentar sintomas febris durante a tarde. A mãe conta que foi até uma Unidade Básica de Saúde (UBS), e, no local, a profissional que estava na recepção disse que ela tinha que ir ao hospital. Como a mãe estava sem carro, teve que ir a pé, e no caminho Aylla sofreu convulsões. Horas depois, ela morreu durante atendimento médico. Relembre detalhes mais abaixo.
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A situação foi investigada pela Polícia Civil, que no dia 1º de setembro oficializou o fim das investigações e decidiu arquivar o inquérito.
No relatório final, o delegado João Batista da Silva Júnior justificou que a profissional que estava na recepção da UBS era uma agente comunitária de saúde que estava cobrindo, excepcionalmente, o intervalo da recepcionista oficial da unidade. Saiba mais abaixo.
Ele disse que "não vislumbra conduta criminosa por parte" dela.
"Ele não possuía formação para ocupar o posto de recepcionista e tampouco recusou deliberadamente atendimento a pessoa em risco iminente de vida, considerando que, naquele momento, a genitora apenas relatara quadro febril da infante", escreveu ele.
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Reprodução/Redes Sociais
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Agente comunitária de saúde estava cobrindo intervalo da recepcionista
A polícia descobriu que quem estava na recepção da UBS no momento em que a mãe e a criança foram até o local era uma agente comunitária de saúde, que estava cobrindo o intervalo da recepcionista.
"Ela informou que havia sido orientada de que não havia mais fichas e que, no horário das 16h às 17h, não havia médico na unidade. Relatou, ainda, que, ao atender a genitora da vítima, limitou-se a informar que não havia mais fichas disponíveis, orientando-a a procurar o hospital, não tendo sido questionada nem solicitado que aferisse a temperatura da infante", escreveu o delegado, no relatório do inquérito.
De acordo com ele, a coordenação municipal de atenção primária informou que, pelo procedimento operacional padrão, toda recepção de unidade de saúde deve realizar o acolhimento de pacientes que chegam sem ter atendimento agendado, mas que no caso de Ayla "o acolhimento não ocorreu corretamente devido à agente de saúde não ter passado por treinamento como as outras recepcionistas são treinadas".
"No dia do ocorrido havia um recepcionista em férias, uma de atestado médico, e no horário do ocorrido uma terminou o seu horário de expediente às 16h e se ausentou da unidade, e a recepcionista que permaneceria até as 21h, saiu para o seu horário de intervalo às 15h30 e retornaria às 16h30, ficando então na recepção por meia hora uma agente de saúde. Como ocorre todos os dias, as fichas para atendimento médico são retiradas pela manhã, na hora em que abre a unidade de saúde, cada médico que atende tem uma quantidade limitada de atendimentos que realiza por período, sendo assim no horário em que a mãe procura atendimento médico para a filha (16h16), já não havia mais a ficha para consulta em demanda espontânea. Se o caso da criança se enquadrasse em uma emergência, poderia ser agendado para a consulta com o médico", disse a coordenação.
O que a família alega
Aylla Eloá Ferreira Moreira dos Santos tinha um ano e dois meses
Cedida pela família
A irmã da bebê, Quézia Vitória, relata que a família procurou a UBS quando a bebê estava com um quadro de febre.
Segundo Quézia, além de terem o atendimento negado, os familiares não receberam orientações nem outro tipo de suporte, como medição de febre, triagem ou encaminhamento de uma ambulância, por exemplo.
"Disseram que lá não podia ser feito nada."
A família, então, a levou para o hospital municipal, e no caminho a criança sofreu convulsões. Horas depois, ela morreu durante atendimento médico.
A morte, segundo a família
Ao g1, a irmã de Aylla disse que no dia em que faleceu, a criança acordou bem, passou a manhã brincando e após o almoço teve febre. Segundo ela, por volta das 16h, Aylla foi levada à UBS. Depois de ter o atendimento negado, foi para o hospital, onde chegou às 16h46.
"O hospital acionou o Samu às 19h39. O Samu chegou às 22h, e nesse tempo ela continuava convulsiva. Tentaram intubar, pois o Samu só leva se estiver intubada. A saturação dela estava entre 96%, 98%, e em alguns momentos 100%. Teve parada cardíaca, e o óbito foi às 23h18", afirmou.
Quézia fez uma publicação nas redes sociais lamentando sobre o caso e criticando, também, o atendimento hospitalar, serviço mantido pelo município.
Ela alega que, depois de dar entrada na instituição, a bebê ficou sete horas na instituição para um caso que, na avaliação dela, necessitava de transferência.
"Essa era a minha irmã, Aylla. Ela tinha 1 ano e 2 meses. Era saudável, cheia de vida, sorridente… uma bebê linda, agitada, feliz [...] Ela precisava de atendimento de um profissional que se importasse em salvar vidas, ela precisava de cuidado. Eu não consigo explicar essa dor."
Aylla Eloá Ferreira Moreira dos Santos tinha um ano e dois meses
Cedida pela família
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