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Paredões de areia se formam na praia de Matinhos Frequentadores da Praia Brava, em Matinhos, no litoral do Paraná, começaram a manhã de quarta-feira (08) com uma surpresa: um degrau de areia com mais de 2 metros de altura à beira do mar. O paredão surgiu após uma ressaca, fenômeno em que ventos fortes e marés mais altas causam a erosão da faixa litorânea. Segundo quem vive na orla, o evento já aconteceu antes, mas não nessas proporções. O aposentado Devanir Martins, que frequenta a praia há mais de trinta anos, nunca viu cena parecida. ”Depois que engrossaram a areia [engorda da praia], é a primeira vez que dá essa erosão tão grande”, conta. “Sempre aparecem esses degraus, mas eu nunca tinha visto tão alto”, diz Adriana Xavier, moradora do balneário Caiobá, também em Matinhos. O governo estadual, através do Instituto Água e Terra (IAT), finalizou a engorda da praia no município em outubro de 2022. Praia Brava, em Matinhos (PR), amanheceu com degrau de areia com mais de 2 m de altura RPC Obras de revitalização “Uma ressaca, nesse momento de lua que a gente está, com a agitação do mar mais intensa, vai gerar ondas maiores que vão atingir as praias. Só que o que a gente vê aqui é especificamente uma mudança feita pelo homem”, explica Marcelo Lamour, geólogo e professor do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A engorda da praia faz parte do Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos, com investimento de quase R$ 315 milhões. A obra depositou 3 milhões de metros cúbicos de areia ao longo de 6,3 km do litoral. Em todo esse trecho, a praia ficou 100 m mais larga. Também foram construídos dois guias-correntes, dois headlands e um espigão, estruturas que servem para dar estabilidade à areia depositada. “É uma obra perfeita, uma obra segura. Porém, não tivemos condição de fazer uma avaliação mais profunda”, afirma o diretor-geral da Secretaria de Meio Ambiente de Matinhos, Sérgio Cioli. “Naquela região, antes dessa obra da engorda, já era uma região onde ocorria esse tipo de fenômeno. O mar ali é muito agressivo”, explica. Alertas Entre 2020 e 2021, um grupo de pesquisadores da UFPR publicou três notas técnicas apontando para “graves consequências ambientais, paisagísticas e financeiras do empreendimento, assim como para a qualidade de vida da população afetada, especialmente em longo prazo”. O parecer final recomendou o “cancelamento dos procedimentos de execução da obra e novo rito de licenciamento e viabilidade ambiental”. De acordo com os pesquisadores, a erosão que atinge a orla de Matinhos tem origem na ocupação irregular da região de areia e degradação da vegetação nativa. “Com a retirada da vegetação primária de restinga, somada à ocupação da faixa de areia por edificações antrópicas, perdeu-se demasiadamente o equilíbrio ecossistêmico na região. Esses impactos culminam com o aumento da vulnerabilidade das áreas costeiras a ressacas”, destaca o documento. Obras de engorda da faixa de areia em Matinhos foram concluídas em 2022 Alessandro Vieria/AEN LEIA TAMBÉM: Guarapuava: Cão farejador encontra drogas escondidas em lanchonete, enquanto PM comprava lanche, no Paraná Tibagi: Criança de 2 anos some de dentro de casa, e mamadeira dela é encontrada em rio no Paraná Desmatamento: Sob comando de cacique, terra indígena no Paraná entrou na lista das mais desmatadas da Mata Atlântica De acordo com Lamour, a formação do degrau de areia pode persistir pelos próximos dias, a depender do nível das marés. “O ponto a ser considerado é se a gente vai continuar tendo ventos que vão empurrar essas ondas, vão empurrar a água do mar com uma amplitude maior em direção à praia”, explica. O que diz o Instituto Água e Terra Confira, na íntegra, a nota do IAT: “A revitalização da Orla de Matinhos foi concluída em abril pelo Instituto Água e Terra (IAT), ficando a manutenção sob responsabilidade da prefeitura. Em relação aos degraus na orla, trata-se de um fenômeno natural, de movimento da areia, que ocorre também em praias que não passaram pelo processo de engorda. Nos últimos dias as praias do Paraná e Santa Catarina foram atingidas por maré alta e ressacas. A obra também cumpriu seu papel ao segurar esse movimento que atingiu o balneário. Antigamente, era comum que a força do mar destruísse calçadas e até mesmo alguns pontos da avenida. Embora a obra esteja concluída e entregue ao município, o IAT segue o monitoramento da região. Até o momento não foi constatada nenhuma anormalidade.” VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.